Esta noite, à 4 da manhã, tive um ataque de tosse. Estava eu na caminha do papá (claro!) quando comecei a tossir, a tossir, a tossir... Ao fim de 1o ou 15 minutos, o papá decide ir aquecer leite para eu beber, na esperança de que a tosse parasse. Lá foi ele até à cozinha preparar o leite, depois voltou ao quarto, sussurrou-me baixinho para eu me sentar, o que eu fiz, e estava prestes a começar a beber quando reparei que a palhinha era vermelha. Alto lá! Nem pensar! Eu só bebo o leite com uma palhinha azul. E tu sabes disso, papá. Depois de choramingar uns segundos (eu, não ele), lá regressou ele à cozinha para trocar a palhinha. Voltou, sentou-se na cama segurando o copo, eu peguei na palhinha e estava quase, quase a beber o leite quando de súbito me apercebi que me faltava o meu boneco Ruca. Nem pensar em beber o leite sem o Ruca comigo, disse eu ao papá. Depois de mais um choradinho (meu, não dele), lá foi ele buscar o Ruca, que eu tinha deixado no carro. Com a palhinha azul mergulhada no leite e o Ruca ao pé de mim, agora, sim, estava tudo pronto. Tudo? Ainda não. De repente reparei que o papá não me trouxe o leite no copo do Noddy. Oh heresia! Oh sacrilégio! Beber o leite sem ser no copo do Noddy é como comer no bacio, como pôr a árvore de Natal no telhado ou como dormir na banheira. É impensável. Voltei a choramingar até que o papá me trouxesse o copo certo, e perante esta sucessão de exigências ele começou a rir-se. O que se seguirá?, deve ter ele pensado. Só faltou mesmo ter-lhe pedido que fizesse o pino enquanto me segurava no copo. Coisa que ele teria feito, se eu tivesse resmungado um bocadinho mais.
PS: a tosse passou com o leite e pude dormir tranquilamente até de manhã.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
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