domingo, 20 de julho de 2008

De regresso

Depois de três semanas na Madeira (duas só com a mamã e a terceira com a mamã e o papá), eis-me de regresso a Aveiro. A novidade: vou ter um irmão. A indecisão: o nome. Pode ser Tiago, pode ser Gonçalo, pode ser Miguel… Temos ainda meia gravidez para escolher.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Brinquedo novo

Hoje portei-me bem na escola - comi quase tudo, mas a Daniela disse ao papá que foi difícil fazerem com que eu comesse a sopa. Uma das coisas que fiz na escola, agora que o rádio da minha sala já está arranjado, foi dançar - o meu par foi a Bárbara. Quando o papá me foi buscar, ao fim da tarde, eu não estava na minha sala mas numa sala logo no início do corredor - por isso ele esqueceu-se de levar a mochila, o bibe e, o que é mais grave, a Camila e o cãozinho que eu tinha levado de manhã. Já estávamos a caminho de casa, longe da escola, quando eu me apercebo de que me faltavam os bonecos - pedi ao papá para voltarmos à escola, mas ele não concordou. Resultado: desatei numa grande choradeira. Para me consolar, o papá prometeu que parávamos numa loja para comprar um brinquedo. E assim foi - depois de muitas indecisões, entre milhares de escolhas, lá nos resolvemos por uma banheira pequenina para bonecas (e o papá até a embrulhou - se é que se pode chamar embrulho àquele remendo de papéis com que ele envolveu a embalagem - como se fosse uma prenda de Natal ou de aniversário). Gostei muito do presente - tanto que estive bastante tempo a brincar com ele, o que atrasou o banho e o jantar. O jantar, por falar nisso, até correu bem - sopa (com feijões muito grandes), carne com massa, sumo de laranja e manga, 11 morangos apanhados na hora e no fim o chamado "prémio" retirado da "gaveta das delícias". No fim do jantar ainda vi uns filmes do Ruca e só depois é que fomos para casa.

Rotinas

Sempre que o avô Jorge e a avó São me vão buscar à escola, fazemos um pequeno desvio até um café lá perto para comprar gomas.

Madeira

A mamã já voltou para a Madeira, mas amanhã regressa a Aveiro. Domingo vamos as duas passar uma temporada à Madeira e eu aviso já que quero ir muitas vezes à piscina.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Mamã

A mamã vem amanhã e fica uns dias. Viiiivaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Irmã

Vou ser irmã.

Merceeira

Uma das minhas brincadeiras predilectas é fazer de merceeira. «O que queres agora?», pergunto eu ao papá. Ele alinha e responde: «Um sumo de laranja». E eu finjo que vou buscar o sumo. «Toma». «E o que queres agora?», pergunto outra e outra vez. O papá pede-me de tudo: fruta, gelados, sopa, chocolates, pão, peixe, carne, legumes, leite, água, amendoins... E eu tenho sempre tudo à mão.

Matilde

Ando outra vez muito agarrado à minha boneca Matilde. Hoje na escolinha um menino da minha turma tentou tirar-ma e eu tive de fazer um berreiro. «A Matilde é minha!», gritei eu para que todos ouvissem.

Frases

(depois de a tia Neta e a bisavó Natália me terem ido visitar no fim-de-semana)
A bisavó Natália está sempre a andar... Vai para um lado, vai para outro lado... É uma chata!

Diálogos

(a caminho da escola)
Papá: Queres ouvir um bocadinho de música?
Eu: Quero.
(o papá põe música a tocar)
Eu: Não quero essa. Quero das minhas.

sábado, 7 de junho de 2008

Mirtilos

Gosto muito de apanhar mirtilos do arbusto e comê-los na hora - sou capaz de comer vários seguidos!

Praia

Ontem fui à praia, hoje fui à praia... Adoro o bom tempo!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Ler e desenhar

Aqui estou eu a ler e a desenhar, duas das coisas que eu mais gosto de fazer (onde quer que seja).

Comer

Ando outra vez numa fase boa para comer. Que alívio para a gente grande!

Palavras que já digo

Algures

Frases

(no nosso jardim)
Vou apanhar esta flor para a mamã. A mamã querida.

Frases

Papá, as meninas fumam?

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Trabalhos



Mais dois trabalhos feitos na escolinha.

Estás contente?

Eu gosto muito que o papá tenha orgulho em mim e se sinta contente com aquilo que eu faço. Por isso pergunto muitas vezes "Estás contente, papá?", depois de ele ficar a conhecer coisas que eu tenha feito. Ontem, por exemplo, quando me foi buscar à escola, a Daniela disse-lhe que eu tinha comido a sopa quase toda. E eu perguntei: "Estás contente, papá?"

Diálogos

(de manhã, antes de ir para a escola)
Avô Jorge: Toca a despachar que a avó e tu têm de ir para o trabalho. E eu também.
Eu: Tu não. Tu és velho. Já não trabalhas. Ficas em casa.

Diálogos

(quando a avó São e o avô Jorge me levavam para a escolinha)
Eu: Vais para o trabalho, avó?
Avó São: Pois vou.
Avô Jorge: A avó vai para o trabalho e tu vais para a escolinha.
Eu: Isto não é a escolinha, é o meu trabalho. Vamos as duas para o trabalho.

Tenho cá uma lata!

Ontem jantei muito bem - sopa, coelho (adoro chuchar os ossos e comer as cartilagens), sumo, um morango e dois pedaços de melão. No fim, a recompensa: um saco com meia-dúzia de gomas. Depois disse assim: "avó, ainda não comi nada doce". Tenho cá uma lata!

Açucár

Açucár: é assim que eu ainda me refiro ao açúcar.

Frases

Não gosto de Cerelac e Nestum!

Diálogos

Papá: Por que é que não fazes cocó na escola?
Eu: Tenho vergonha.

Exma. Sra.

Hoje chegou uma carta do banco para a Exma. Sra. Carolina Teixeira Cunha. Com três anos apenas e já sou uma exma. sra.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Com a mamã

Até dia 30 vou estar aqui, no Porto Moniz, com a mamã, a avó Tita e (só até segunda-feira) o avô Bitó.

Diálogos

Papá: Quando estiveres na Madeira tens de comer tudo o que a mamã mandar.
Eu: Não gosto de sushi!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Sonho

Esta noite dei uma grande risada enquanto dormia. De manhã disse ao papá que tinha sonhado com a piscina.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Olha para mim

Gosto de me sentir mimada e acompanhada. Por isso digo muitas vezes «olha para mim, papá», «olha para mim, avó», «olha para mim, avô», para que reparem nas minhas habilidades.

Tapa destapa

As nossas noites na cama são passadas assim: eu destapo-me, o papá tapa-me; eu destapo-me, o papá tapa-me; eu destapo-me, o papá tapa-me; eu destapo-me, o papá tapa-me; eu destapo-me, o papá tapa-me… É assim a noite toda. E eu mexo-me tanto!

Vontade de crescer

Às vezes tenho muita vontade de crescer. Há muita coisa que está vedada às crianças. Por isso digo muitas vezes «quando eu ser grande vou fazer isto ou aquilo». «Quando eu for grande», corrigem os adultos.

Assoar

Já me sei assoar como deve ser, para fora. E tenho muito orgulho nisso!

Diálogos

(a caminho a escola enquanto roía uma bolacha)
Papá: Tens de comer a sopa toda na escola.
Eu: Mas não gosto de couves.
Papá: Mas tens de as comer. Se não comeres couves, bróculos, cenouras ou feijão verde não ficas grande como o papá ou a mamã.Eu: Mas a bolacha também ajuda a crescer!

Diálogos

Papá: Também posso ir para a Madeira contigo?
Eu: Não. A Madeira é da mamã.

Frases

Adoro ir para a escola!

sábado, 10 de maio de 2008

Diálogos

Papá: Deixa-me pôr a tua bandolete no meu cabelo.
Eu: Não.
Papá: Porquê?
Eu: Tu és careca.

Diálogos

Eu: Vou dormir em casa do avô e da avó. Tu vais dormir sozinho.
Papá: E se eu tiver medo?
Eu: Vais buscar a Matilde.

Perguntas

(estava a brincar ao pé do papá e de repente soltei um pum)
Cheira aí?

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Almoço

Ando numa fase terrível para comer. Hoje, na escola, segundo disse a professora Daniela ao papá, fui a última menina a sair do refeitório ao almoço. E para eu comer alguma coisa de jeito foi preciso o seguinte: insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir...

Sopa amarela

Outra técnica para não comer a sopa: argumentar que está «muito amarela».

Estratégias para não comer

Como eu sou um pardalito a comer, tenho de encontrar estratégias para fugir ao que não me interessa. Uma das técnicas é, quando chega a hora das refeições, dizer que tenho sono e quero dormir. A professora Daniela disse ao papá que a autora desta sofisticada habilidade é a Bárbara, minha colega na escolinha - trata-se, portanto, de uma imitação que eu nos últimos dias tenho executado bastantes vezes. Ontem, pela primeira vez, experimentei outra técnica (desenvolvida após muitas horas de reflexão e estudo): dizer que tenho medo da sopa. É verdade: medo da sopa. Quando estas estratégias mais subtis não resultam, tenho de recorrer a outras habilidades mais grosseiras, como fechar a boca, agitar a cabeça ou gritar. Isto de escapar àquilo que não quero comer é uma arte!

Sim, não

Às vezes, quando o papá me faz uma pergunta, eu respondo assim: sim, não, sim, não, sim, não, sim, não... Faz lembrar uma personagem da série Little Britain, Vicky Pollard, que diz: yeh but, no but, yeh but, no but, yeh but, no but...

Frases

É preciso beber muita água para o chichi sair clarinho!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Pardal

Agora tenho a mania de só comer metade dos morangos, como fazem os pardais. «Mas tu não és nenhum pardal!», diz-me a gente grande. «Sou, sou», respondo eu.

Boa noite

Esta noite dormi muito bem - a pieira praticamente já desapareceu. De manhã acordei bem disposta e lá fui para a escolinha com o casaco cor-de-rosa novo, para me proteger da chuva.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Hospital

Na segunda-feira tive de ir ao hospital porque estava com pieira. Fui com o papá e portei-me muito bem - só chorei um bocadinho quando o médico que me assistiu sacou de uma espátula para me ver a garganta. Nessa altura eu disse a chorar «tenho medo!» e o médico percebeu que eu estava assustada e desistiu. No resto fui muito valente e até me diverti na sala das nebulizações, que tem muitos brinquedos e livros e bonecas... E eu tinha-os só para mim, porque não estava lá mais nenhum menino doente - só já quase quando nos estávamos a ir embora é que apareceu mais uma menina, mas nessa altura (já passava da uma e meia da manhã) eu já não tinha muito energia e estava meia a dormir ao colo do papá. No final, quando nos viemos embora, eu repeti duas ou três vezes que me tinha portado muito bem, e o papá deu-me muitos beijinhos e concordou que eu tinha sido uma valente, mas disse que não tinha mal nenhum chorar um bocadinho nem ficar assustada, apesar de os médicos serem nossos amigos e só quererem o nosso bem.
No dia seguinte, como ainda estava um bocadinho doente, fiquei com a avó São e o avô Jorge e não fui à escolinha. Como o apetite não era muito, não comi grande coisa durante o dia, mas ao jantar lá comi um bocadinho de sopa e de almôndegas. Acho que já estou a ficar melhor.

Diálogos

Papá: Dá-me um bocadinho da tua sopa.
Eu: Não. Vai comer a tua!

Diálogos

(a propósito da Feira de Março)
Eu: Para o ano andamos outra vez nos carrosséis. Queres andar comigo?
Papá: Quero.
Eu: Está bem, eu deixo.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Original

Pequeno-almoço original: leite, meia cenoura e pão.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

O meu reino por uma guloseima

Hoje jantei mal - não comi a sopa e não comi tanta jardineira de peru como devia (mas comi muita fruta e ainda bebi um copo de sumo natural de laranja e manga). O papá lembrou-me o castigo: nada de guloseimas. Para não ter de comer a sopa, eu disse: «Não quero chocolates nem gelados nem rebuçados!» Uma hora passou - brinquei, fiz cocó, vi um filme do Noddy... Até que disse: «Quero comer a sopa». Claro que o que eu queria não era a sopa, mas aquilo a que tinha acesso por comer a sopa: as guloseimas. E lá tive direito a um chupa-chupa.

Dentista

Como há uma semana arranquei um dente, hoje tive de ir ao dentista para ver se estava tudo bem. Ao fim da tarde o papá foi-me buscar e lá fomos os dois para o consultório. Esperámos um bocadinho (entretanto tive vontade de fazer chichi e ele levou-me à casa de banho, mas obriguei-o a olhar para o outro lado enquanto me segurava) e depois lá fomos chamados. A médica mandou o papá deitar-se na marquesa comigo deitada em cima dele - foi aí que fraquejei e comecei a chorar. Mas a médica, muito simpática, pôs-me um cesto com brinquedos à frente e deu-me um a escolher (optei por um tractor pequenino e um balão) e o medo passou. A médica disse que tínhamos de consultar outro médico, mas que desconfiava que eu teria de pôs um pequeno aparelho na boca para evitar que os dentes fechassem sobre o buraco do dente arrancado. Lá fomos ao outro médico e ele voltou a mandar o papá deitar-se na marquesa comigo em cima - ainda ensaiei um ligeiro choramingo, mas contive-me. E afinal não foi preciso pôr nenhum dispositivo na boca, mas daqui a um ano tenho de voltar para confirmar que está tudo bem. Como me portei muito bem, eu dizia para mim própria, para o papá e para quem me quisesse ouvir: «Não chorei. Já sou grande!»

Diálogos

Eu: Já foste cortar o cabelo?
Papá: Ainda não.
Eu: Vais ao cabeleireiro?
Papá: Vou.
Eu: Não tens tesoura em casa?
Papá: Tenho, mas o cabeleireiro é que sabe cortar.
Eu: Mas a mamã corta.
Papá: Mas fica mal cortado e torto.
Eu: O meu não ficou torto!

Diálogos

(quando estava a brincar com a avó São)
Avô Jorge: Também quero brincar.
Eu: Não. Vai fazer o jantar!

domingo, 27 de abril de 2008

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Diálogos

(antes de deitar)
Eu: Posso pôr as pantufas em cima da mesinha de cabeceira?
Papá: Podes.
Eu: Mas a mamã não deixa!

Frases

(quando ia com o papá no carro a ouvir «Better Days», de Bruce Springsteen)
Gosto desta música!

Caracol

Ontem à noite, ao chegar a casa, eu e o papá deparámos com um caracol junto ao portão da garagem. Eu peguei nele, maravilhada, mas como estava encolhido na sua concha o papá disse que estava a dormir. Lá o pus no chão, junto à árvore do azevinho, com a promessa de que no dia seguinte o ia procurar. Bebi o leite, lavei os dentes, pus uma fralda, li uma história, dormi e acordei. E mal acordei lembrei-me dele. «Vamos procurar o caracol?», perguntei ao papá. «Vamos», respondeu ele. E assim foi: depois de nos arranjarmos lá fomos para o jardim, onde o encontrámos já não no sítio onde o havíamos deixado mas numa parede, a dois metros do chão. O papá pegou nele e deu-mo. Estava tão fascinada que até o levei para o café da D. Gertrudes, onde fui beber um carioca de limão. Eu pu-lo no chão e perguntei: «Vai fugir?» E até o queria levar para Montemor, para casa do avô Bitó e da avó Tita, onde vou passar o fim-de-semana. Mas o papá fez-me ter pena dele porque o ia separar da família, e assim ficou no nosso jardim à espera do meu regresso.

Aniversários

Esta semana tive dois aniversários na escola, e logo no mesmo dia. Dois aniversários=dois bolos, um de chocolate e um de amêndoa. E ainda trouxe para casa uma língua da sogra, um livro do Noddy, uma camisola e rebuçados.

Visitas

Na quarta-feira as tias Neta e Natália e a bisavó Natália foram-me visitar a casa da avó São e do avô Jorge e viram-me a tomar banho e a jantar.

Diálogos

(a propósito do casamento a que vou com a avó Tita, o avô Bitó e o Guilherme)
Papá: No sábado vais a uma festa e tens de ir muito bem vestida.
Eu: A avó comprou-me um vestido novo?

Diálogos

Papá: Estou aflitinho para fazer chichi.
Eu: Vais fazer nas cuecas?

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Feira de Março outra vez

Ontem, como estava bom tempo ao final da tarde, voltei à Feira de Março com o papá – a terceira vez este ano. O guião foi quase igual ao da última visita: carrossel, avião, carrossel, brinquedo, bolos.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Parabéns mamã

Adoramos-te!

Parabéns mamã

(A gravação está mal feita, em contra-luz, a parte de baixo da minha cara aparece muitas vezes cortada, a canção não chega ao fim... Mas o que conta é a intenção)

Parabéns mamã

Fiz este desenho para ti (não sei se consegues perceber, mas és tu que ali estás retratada).

Diálogos

(quando estava a brincar com o papá, no meu quarto, fingindo que estávamos no supermercado)
Papá: Quero um pacote de leite, se faz favor.
Eu: Toma.
Papá: Quanto custa?
Eu: Onze quilos.
Papá: Euros. Agora quero cenouras.
Eu: Toma.
Papá: Quanto custa?
Eu: Onze quilos.
Papá: Euros. Também quero um pacote de bolachas.
Eu: Toma.
Papá: Quanto custa?
Eu: Onze quilos.
Papá: Euros. Agora quero um sabonete, por favor.
Eu: Toma.
Papá: Quanto custa?
Eu: Onze qui... euros.

Camila

Depois de vários meses em que foi uma companheira fiel e inseparável, a Camila repousa nas últimas semanas, completamente ignorada, no quarto do papá e da mamã. Em contrapartida, hoje quis dormir com um coelhinho que desencantei na arca dos brinquedos, que obriguei o papá a abrir antes de tomar banho.

Feira de Março

Hoje apetecia-me ir à Feira de Março e fiz esse pedido ao papá quando ele me foi buscar à escola. Os carrosséis já são um vício, perdido o medo que ainda sentia no ano passado. Mas estava a chover. Fica para a próxima.

Calças de ganga

Gosto muito de vestir calças de ganga.

Frases

(para o avô Jorge)
Corta a pêra, avô!

Sonho

Hoje sonhei com fantasmas.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Frases

Dói-me a barriga. Preciso de sopa.

Gaveta das guloseimas

O avô Jorge e a avó São têm um sítio em casa deles onde eu costumo ir roubar umas lambarices. Chamo-lhe a gaveta das guloseimas.

sábado, 19 de abril de 2008

Desdentada

Aos três anos e 15 dias arranquei o meu primeiro dente. Estava a brincar e caí com a cara no chão. O resultado foi um dente partido. Fui ao hospital com a mamã e o papá e o veredicto da médica foi este: arranque-se! E assim foi. Chorei e gritei um bocadinho, mas fui uma valente. Agora tenho um dente a menos, mas outro há-de nascer no seu lugar.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Frases

Eu sei muito bem lavar os dentes!

Diálogos

(depois de beber o leite, de manhã)
Papá: Agora vamos lavar, vestir e ir para a escola para depois, logo, irmos buscar a mamã.
Eu: Tá bem. (pausa) Gosto muito da mamã!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Quem é, papá?

Eram quase 10 da noite quando o telemóvel do papá tocou. Ele atendeu - eram coisas do trabalho. «Quem é, papá?», perguntei. Ele cruzou o dedo indicador sobre os lábios para pedir silêncio. «Quem é, papá?», insisti. «Quem é, papá?», insisti outra vez. Como não obtinha resposta, continuei. «Quem é, papá?» «Quem é, papá?» «Quem é, papá?» «Quem é, papá?» «Quem é, papá?»... O papá deambulava pela casa, tentando fugir à minha inquirição, mas como a minha curiosidade não era satisfeita eu continuava: «Quem é, papá?» «Quem é, papá?» «Quem é, papá?» «Quem é, papá?»... E assim por diante, durante os dez minutos que durou o telefonema. «Quem é, papá?»

Feira de Março

Aproveitando uma brecha no mau tempo que tem estado nos últimos dias, o papá levou-me à Feira de Março num dos últimos finais de tarde. Foi-me buscar à escolinha e prometeu um fim de tarde diferente. Eu fiquei muuuuuuuito contente. Naquele dia estava sol e calor, o ideal para uma hora de diversão nos carrosséis. Começámos por rodopiar numa cadeira giratória, depois voámos num avião e finalmente regressámos ao carrossel inicial. E em mais carrosséis andaria se a hora do banho e do jantar não estivesse a chegar. Mas ainda deu tempo para comprar um brinquedo numa das barracas da feira e para comprar um saco de pipocas e uns pastéis de amêndoa para depois do jantar.

Frases

Hoje sonhei com fantasmas e bruxas más.

Reentrar nos eixos

A manhã de segunda-feira foi difícil – depois de um fim-de-semana tão bem passado custou-me muito regressar à escola. Mas nos dias seguintes as coisas já correram de forma normal – acordei sempre bem-disposta e as tarefas matinais foram cumpridas sem dramas e sem sinais de aversão pela escola. Começo a perceber por que é que as segundas-feiras têm tão má fama.

Mais agitada

Ontem estive «mais agitada» na escola, disse a professora Daniela ao papá. «Em comparação com outros meninos ela porta-se muito bem, mas desta vez esteve mais agitada», explicou.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Frases

Quando tiveres muito dinheiro compras uma cozinha, uma casa de banho e uma sala no Toys’R’Us.

Frases

(depois de eu rejeitar uma sopa de feijão verde, puseram-me outra sopa à frente)
Desta gosto!

terça-feira, 15 de abril de 2008

Diálogos

Eu: Quero água.
Avó São: É preciso beber água para o chichi sair claro.
Avô Jorge: Pois é, é preciso beber bastante água. Ou sumo.
Eu: Ou vinho.
Avô Jorge: Vinho não. O vinho é só para as pessoas grandes e poucochinho.
Eu: Um dia vou ser grande e vou beber vinho.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Difícil regresso à escola

Hoje fiz uma grande birra porque não queria ir para a escola. Estava a correr tudo normalmente até que o papá me disse que era hora de me lavar e vestir para ir para a escola – depois disso comecei a chorar convulsivamente. Mas ao chegar à escola já estava mais calma e até estava a começar a ficar bem-disposta.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Teias

As teias de aranha são um dos meus principais medos.

Diálogos

Papá: Hoje vais dormir sozinha?
Eu: Já é Verão?
(explicação: a mamã e o papá dizem que quando chegar o Verão eu vou recomeçar a dormir sozinha na minha caminha)

Perguntas

(quando o papá estava a entrar para a banheira)
Vais tomar banho com a pilinha?

Contar as letras

Todos temos as nossas manias. Uma das minhas manias é, à noite, depois de o papá me ler uma história, contar as letras do livro dele. Pego no livro, abro-o e começo: uma, duas, três, quatro, cinco... Só depois é que durmo.

Comer melhor

Depois de uma fase em que andava a comer como um pisco, agora estou a alimentar-me melhor - ontem ao jantar voltei a comer bem: sopa (primeiro de peixe, que não quis, e depois de legumes), pescada cozida com batatas e feijão verde (cenoura não me apeteceu), sumo natural e meia maçã. E depois ainda comi metade de um chupa-chupa e dois ou três turcos, uns biscoitos comprados em Albergaria que são rijos que nem pedras (mas muito bons)...

Boneco de neve


Outro boneco que fiz na escolinha.

Diálogos

(de manhã, logo depois de levantar, ao espreitar à janela)
Papá: Hoje está um bocadinho de sol.
Eu: E o outro bocadinho de sol, onde está?

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Jantar

Ontem, finalmente, jantei muito bem. Será que não ter mascado a chiclete que tanto pedi ao papá e que ele me recusou, quando me foi buscar à escola, contribuiu para ter mais apetite? Essa é uma das novas regras do papá: não me dar de comer, antes do jantar, nada que perturbe a minha fome. Chicletes e afins estão fora de questão. Mas ainda o convenci a dar-me uma cenoura crua…

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Diálogos

(De manhã, antes de sair para a escola)
Eu: Quero folar.
Papá: Não temos folar em casa. E agora também não é hora de comer folar. Só se pode comer folar de vez em quando.
Eu: Mas a mamã come muito folar!

Diálogos

Eu: quando vem o Natal?
Papá: Ainda falta muito. Mas recebeste tantas prendas nos teus anos! O papá e a mamã deram-te prendas, os avós também, o tio João e a tia Lénia, a tia Neta e a bisa Natália… E a escola também te deu uma prenda.
Eu: Mas a escola não tem mãos!

Outra vez

Hoje voltei a querer sumo de laranja e bolachas para o pequeno-almoço.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Cenoura

Ontem apeteceu-me comer uma cenoura crua antes de tomar banho.

Pequeno-almoço original

Acordei. Calcei as pantufas sozinha. Bebi o leite. Fiz chichi e molhei um bocadinho o pijama. Li livros. O papá lavou-me e vestiu-me. Até aqui tudo normal. A novidade veio a seguir: «Quero sumo de laranja. E bolachas para molhar», disse eu ao papá. Lá teve ele de espremer umas laranjas para fazer um sumo onde eu mergulhei as bolachas Maria – é um pequeno-almoço original, não é?

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Prendas e mais prendas e mais prendas

Diálogos

Avô Jorge: As mulheres são muitas vaidosas, pois são?
Eu: Sim.

Vestido novo


Na festa do meu aniversário com o vestido que a avó Tita e o avô Bitó me tinham oferecido momentos antes. Sou mesmo vaidosa!

Boneco

A fotografia está horrível, mas este é um boneco que eu fiz na minha escolinha.

Sono

Esta noite foi um castigo para jantar - foi precisa muita insistência para me conseguirem fazer comer alguma coisa. Mas acabei por comer a sopa toda e ainda umas garfadas de arroz com carne moída. Sumo e fruta não quis. E, ao contrário do habitual, nem sequer pedi guloseimas. Acho que o meu problema era o sono - a caminho de casa adormeci no carro, depois voltei a acordar quando o papá me transportou para a cama, mas logo após ter ouvido uma história da Miffy

adormeci outra vez. Até amanhã.

Diálogos

(no carro, a caminho da escolinha)
Avó São: Este ano ainda não fui à Feira de Março.
Eu: Deixa lá, vais comigo.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Vomitar

Depois de ontem ter passado o dia todo mal-disposta e de ter vomitado à noite, hoje espero estar em condições de comer as guloseimas todas que me apetecer. De manhã acordei bem-disposta - o pior parece que já passou.

Eu no dia em que faço três anos

(No carro)

(Junto à minha escolinha. Na mão o saco com os livros que ofereci aos meninos da minha turma)

Portugal dos Pequenitos


No Portugal dos Pequenitos, durante as últimas férias da Páscoa.

Três anos


quinta-feira, 3 de abril de 2008

A crescer

Estou quase a fazer três anos e começo a perder o estatuto de bebé. Estou a crescer. Já digo palavras como “profundamente”, o leite passou a ser “leite” e não “titito”, a minha boneca Camila, durante tanto tempo inseparável, já fica muitas vezes esquecida a um canto... Pequenos sinais de que não serei pequenina para sempre.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Diálogos

(eu estava com comichão no nariz, o que acontece bastantes vezes, porque saio a ti, mamã)
Avó São: Temos de te comprar um nariz novo.
Eu: Sem ranho.

Chocolates

Há dois tipos de chocolate: para crianças e para homens ou gente grande. Os primeiros são por exemplo as barras da Kinder; os segundos são as tabletes grandes. Eu gosto dos dois tipos, mas hoje preferi um bocadinho de chocolate da gente grande (e mereci comer o chocolate, porque jantei bem).

Diálogos

(antes do jantar, quando o papá estava a comer uma fatia de pão com manteiga)
Eu: Quero um bocadinho de pão com manteiga.
Papá: Comes depois de comer a sopa, o peixinho e a fruta.
Eu: Mas tu também ainda não comeste a sopa!

Frases

(Um dia destes, ao chegar a casa ao fim do dia)
Estou cansada.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Regresso à escolinha

Depois das férias da Páscoa - que passei com a mamã e o papá -, regressei hoje à escolinha. E tudo correu bem. Agora é preciso reentrar nas rotinas diárias, o que, a avaliar pelo dia de hoje, não vai custar nada.
Já estou cheia de saudades tuas, mamã. Volta depressa.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Frases

Que nojo!

Frases

(Dirigindo-me ao papá, depois de ele me ter chamado várias vezes para ir tomar banho)
És um teimoso!

terça-feira, 18 de março de 2008

Cocó


A prova de como eu faço cocó no bacio.

Coelhinho

Coelhinho da Páscoa que eu fiz na escola.

Vídeo

Pai papá, paizinho paizão, tens um lugar no meu coração.

Papá

O que eu aprendi na escola para dizer ao papá no Dia do Pai:

Pai papá,
Paizinho Paizão,
Tens um lugar
No meu coração.

(e ainda lhe ofereci um saco com chocolates lá dentro).

Mamã

A mamã está quase a chegar - é já amanhã de manhã. Iupiiiiiiiiiiiii!

Tosse

Estou com muita tosse.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Diálogos

(quando o papá me foi buscar à escolinha)
Eu: Onde vamos?
Papá: Vamos a nossa casa buscar o teu pijama para levar para casa do avô Jorge e da avó São.
Eu: Vou dormir lá?
Papá: Vais.
Eu: E tu?
Papá: Eu não.
Eu: Vais jogar futebol?

Frases

(depois de ter feito cocó no bacio)
Sou muito linda. E já sou grande.

domingo, 16 de março de 2008

Papá

O papá faz hoje 32 anos.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Máscara

Máscara que eu ajudei a fazer no último Carnaval.

Fim-de-semana em Montemor

Esta noite voltei a dormir bem. De manhã, o papá arranjou-se e arranjou-me e depois, como hoje não vou para a escolinha, fomos ao café da D. Gertrudes beber um carioca de limão. Enquanto esperávamos pelo avô Bitó e pela avó Tita, estivemos a ler histórias. E depois fui para Montemor passar o fim-de-semana.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Consulta

Ontem foi dia de ir à médica pediatra. Quando o papá me foi buscar à escola e me advertiu que íamos a caminho da consulta, uma das primeiras coisas que lhe disse, com um tom capaz de causar piedade a uma pedra, foi: «Não quero a espátula!» Traumas antigos mas que eu não esqueço e que os médicos teimam em reforçar quase sempre que eu os consulto. O papá veio com o paleio melífluo do costume: a médica é minha amiga, só quer o meu bem, não me faz mal nenhum, blá blá blá... Tá bem, abelha!, pensei eu. E repeti mais duas ou três vezes, para não ficarem dúvidas: «Não quero a espátula!» Chegados ao consultório, esperámos pela nossa vez durante uns 45 minutos, porque havia outros meninos e meninas para serem atendidos antes. Portei-me muito bem enquanto esperávamos, dividida entre o colo do papá (que me ia confortando), uma cadeira ao lado da dele e o chão. Antes de sermos chamados ainda tive vontade de fazer chichi e quis que fosse a mamã a ir comigo à casa-de-banho. Depois fomos chamados e lá entrámos (eu pelo meu pé, de mão dada ao papá) na sala onde estava a médica. «Uaaaaau, que gira que estás!», afirmou ela para me cativar. Tá bem, abelha!, pensei eu outra vez. A primeira parte da consulta correu lindamente - depois de o papá me despir, a médica auscultou-me, mediu-me o perímetro cefálico, pesou-me (12,150 quilos, com cuecas)... O pior estava reservado para depois, quando ela pediu ao papá para me deitar na marquesa. Eu detesto essa parte em que ela me sujeita a uma série de maldades: apalpa-me a barriga, mede-me (91 cm), perscruta-me os ouvidos e, claro, enfia-me a espátula pela goela abaixo. Havias de ver, mamã, como eu berrei e esperneei. Mas no fim de tudo até estava bem disposta e até acenei à médica. «Adeus Carolina», disse ela, palavras que me soaram mágicas. Desta já eu me livrei.

O sr. José

Quando nós nos portamos mal na escolinha, a Daniela ameaça chamar o sr. José. O sr. José é um dos directores e funciona como um dissuasor da indisciplina. Eu cá tenho medo dele e ontem até chorei um bocadinho quando a Daniela falou nele.

Bonecas

Esta noite quis dormir sem bonecas na cama, nem mesmo a Matilde. E de manhã também não as quis levar para a escolinha. Será que me estou a começar a emancipar delas?

quarta-feira, 12 de março de 2008

Notas

Já sei as notas musicais de cor – dó ré mi fá sol lá si.

terça-feira, 11 de março de 2008

O papá não deeeeeixa!

Quando quero fazer uma coisa mas não obtenho o assentimento do papá, queixo-me logo para quem me quer ouvir. «O papá não deeeeeixa!», digo num misto de raiva e choraminguice, com ar de quem está a ser vítima de uma grande injustiça. Mas na verdade são muito poucas as vezes em que ele não me permite fazer o que eu quero. Por isso estou mal habituada.

Frases

Qualquer dia a mamã vai-me comprar uma cama nova. Muito graaaaaaande!

segunda-feira, 10 de março de 2008

Guarda-chuva

Depois de um fim-de-semana com a mamã, regressei à escolinha, onde comi bem - só deixei um bocadinho da sopa. Depois, ao fim da tarde, o papá foi-me buscar e como estava a chuviscar foi preciso abrir o guarda-chuva - e eu é que o levei na mão, apesar de ser muito grande e um bocadinho pesado.

sábado, 8 de março de 2008

Tenho fome!

Depois de uma semana sem apetite e a comer como um pisco, ontem disse, antes do jantar: Tenho fome! Aos poucos parece que vou recuperando o apetite. Nesta semana fiquei mais magrinha e até cheguei a ir com o papá ao hospital por causa de uma grande dor de barriga. Infelizmente, já começou a ser uma frequentadora habitual do hospital, normalmente por causa de bronquiolites e desta vez por causa da dor de barriga. A médica disse que eu devo ter sofrido uma gastroenterite e no hospital fizeram-me uma série de maroteiras, como enfiar-me uma espátula pela goela abaixo - que deve ser o que mais odeio no mundo - ou um clister pelo rabo acima (mas dei luta à enfermeira!).
Agora já estou a recuperar e para tornar tudo perfeito tu, mamã, já chegaste. Como fiquei feliz por te ver a sair do comboio!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Almoço bom

Hoje almocei bem na escolinha - sopa, arroz com carne moída e gelatina. Como vai ser ao jantar?

Médica

Era para ser só no dia 7 de Abril, mas como tenho andado a comer muito, muito mal e um bocadinho mais murcha que o habitual, o papá antecipou a consulta na médica para a próxima semana. Vai ser na quarta-feira. Prepare-se dra. Maria João, aí vou eu!

Matilde outra vez

Hoje voltei a preferir levar a Matilde para a creche em vez do ursinho.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Traição à Matilde

Hoje quis dormir com um ursinho de pelúcia em vez da Matilde. Mas o papá teve pena dela, que eu deixei abandonada a um canto, e disse-me que eu a podia trazer também para o pé de mim. De maneira que esta noite éramos quatro na cama.

Fastio, o que é?, livros

Continuo com fastio - hoje almocei mal e jantei pior. E continuo na fase dos quês. «O que é belo?» «O que é figadeira?» E continuo a aumentar a minha biblioteca - hoje o papá comprou-me mais dois livros enquanto esperávamos por ir recolher o carro à oficina, um deles cheio de autocolantes e o outro que conta a história de um menino, o Pedro, que ficou mal-disposto por comer muitos chocolates.

terça-feira, 4 de março de 2008

Três anos

Daqui a exactamente um mês faço três anos.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Diálogos

Eu: Deixei cair a chiclete.
Papá: Desastrada.
Eu: A mamã também é desastrada.

Nova mochila

Haviam de me ver ufana com a minha nova mochila às costas, hoje de manhã a caminho da escolinha.

sábado, 1 de março de 2008

57

A minha árvore genealógica já vai com 57 pessoas.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

«Vou dormir lá?»

«Vou dormir lá?» Este «lá» é a casa do avô Jorge e da avó São. Pergunta feita, desenha-se na minha cara um trejeito de expectativa só desfeito com a resposta do papá. «Vais», responde ele, e eu reajo com pulos e guinchos de excitação e felicidade. Mas convém perguntar outra vez. E outra. E outra. E outra. E outra. De tantos em tantos minutos repito a pergunta original para voltar a ouvir aquele «vais» tão mágico que é o passaporte para um fim-de-semana inteirinho com o avô e com a avó. «Vou dormir lá?», pergunto novamente. E nunca o papá trai a sua primeira resposta e a alegria tão imensa e tão transbordante que já se instalou cá dentro de mim.

Mau feitio

Eu às vezes tenho cá uns acessos de mau feitio!

«O Crocodilo Nini»

Esta noite dormi muito bem, tal como nas últimas noites. Antes de dormir ainda fiz (muito) cocó no bacio e depois, já na cama, o papá leu-me uma história nova - «O Crocodilo Nini».

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Diálogos

Papá: Por que não fazes cocó na escola?
Eu: Prefiro fazer em casa.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Porto

Hoje não almocei bem na escola - ando numa fase má para comer. Depois, quando íamos no carro ao fim da tarde, o papá ligou o rádio para ouvir um bocadinho do relato de um jogo de futebol e um senhor começou a gritar «goooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooolo». Foi um golo do Porto. E então o papá perguntou-me: qual é o teu clube? E eu respondi, bem treinada: Porto. Mas depois, para provocar, disse: Benfica.

Um dia sem cocó

Hoje não fiz cocó no bacio. Por isso não pude andar pela casa de bacio na mão a mostrar os meus 'presentes', muito orgulhosa por estar a começar a ser uma verdadeira menina grande. Como estou a crescer, mamã! E como isso provoca no papá tanta alegria e tanta tristeza!

Frases

(Quando ia com o papá a caminho de casa, depois de ele me ter ido buscar à escola)
Vamos buscar a mamã à estação?

Dia mau para comer

Hoje jantei muito mal - duas ou três colheres de sopa, quase nada da massa e da carne, um bocadinho de fruta... No fim, a gente adulta recusou-me a guloseima que eu tanto pedi. A lição que me quiseram dar foi: só tenho direito a comer uma gulodice se antes comer a sopa, a carne ou o peixe, as verduras, a fruta... Também na escola não comi a sopa toda, só metade. Enfim, foi um mau dia para comer. Talvez amanhã esteja com mais apetite.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Inês

Hoje a Inês, que é uma das minhas melhores amigas na escolinha, fez anos. «Comi duas fatias de bolo», disse eu ao papá. E ainda ganhei um saco com chocolates, gomas e uma flauta.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Cocó

Parece que é desta, a poucas semanas de completar três anos, que vou começar a fazer cocó no bacio.

Pôr a mesa

Agora sou sempre eu que ponho a mesa ao jantar - toalha, pratos, talheres, copos, guardanapos, cesta do pão, garrafa do sumo...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Passas

Hoje de manhã apeteceu-me comer cereais - o que me interessava mesmo era comer as passas, que foi o que eu fiz no carro a caminho da escola.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Prima

Vou ter uma prima.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Até admira!

Hoje, a seguir ao jantar, a avó São ofereceu-me um chupa-chupa. Eu respondi-lhe: «Fica para amanhã».

Caçapete

Aquela protecção que se usa na cabeça é um caçapete.

Vais-me chamar?

Todos os dias de manhã o papá lava-me e veste-me, mas só o costuma fazer depois de ele próprio tomar banho e vestir-se. Enquanto ele se arranja, eu tenho um bocadinho de tempo para brincar – vejo desenhos animados, moldo a plasticina, leio, desenho… O papá diz-me sempre: «quando eu te chamar vais logo para a casa de banho». É que de manhã não há muito tempo a perder, porque ele tem de ir trabalhar e eu tenho de ir para a escolinha. «Já me vais chamar?», pergunto-lhe eu quando ele acaba de tomar banho, ao que ele responde que ainda vai fazer a cama e vestir-se. «Mas já não demoro muito a chamar-te. E quando te chamar vais logo para a casa de banho, está bem?», acrescenta ele. Claro que eu digo sempre que sim, que vou logo. Mas claro que isso nunca acontece. «Ainda estou a ler uma história», «ainda estou a pintar com os lápis», «ainda estou a ver os desenhos animados»…, respondo eu. E assim as tarefas que deviam ser cumpridas em poucos minutos arrastam-se por muito mais tempo.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Inquérito

Qando o papá me foi buscar à escolinha e me pegou ao colo, o que fiz primeiro:
a) dei-lhe um grande beijinho;
b) disse «olá, papá»;
c) perguntei-lhe «compraste chicletes?»;
d) dei-lhe um xi-coração apertado.

A resposta certa é esta.

Amanhã

Quando começas a dormir sozinha? Amanhã. Quando começas a fazer cocó na sanita? Amanhã. Quando deixas de chuchar no dedo? Amanhã. O que vale é que o meu amanhã não é exactamente amanhã.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Diálogos

(Ontem à noite, na cama, depois de o papá me ter lido uma história)
Papá: Agora é hora de dormir porque amanhã é dia de levantar cedo. Tu tens de ir para a escola e eu tenho de ir trabalhar.
Eu: No teu trabalho tens brinquedos?

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

M de morangos e de Montemor

Tenho andado um bocadinho adoentada, mas agora já estou melhor. Esta noite dormi bem, apesar de ter tido alguma tosse mais pela manhã. De manhã acordámos e, logo a seguir a beber o leite, fomos brincar com plasticina e com os animais autocolantes que o papá me comprou há umas semanas. Depois lavei-me e vesti-me e depois comi morangos que o papá tinha comprado - já tinha saudades de comer morangos, e estes eram muito docinhos. A meio da manhã chegaram a avó Tita e o avô Bitó e lá fui eu toda contente passar o fim-de-semana a Montemor (levei comigo a Matilde e a caminha para ela dormir).

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Frases

Papá: Que grande buraco na estrada!
Eu: A roda passou lá?
Papá: Passou.
Eu: E estragou?
Papá: Não. Mas podia ter estragado.
Eu: Não gosto do carro estragado.
Papá: Eu também não gosto. E a carteira também não.
Eu: Mas as carteiras não falam!

A minha árvore genealógica

Estou a fazer a minha árvore genealógica.
Quem a quiser consultar deve vir aqui (ou a Árvore Genealógica na coluna do lado esquerdo deste blog) e escrever rmmcunha@gmail.com na janela onde é pedido um endereço de e-mail e carolina na janela onde é pedida a senha. Depois de entrar é só carregar em Ver Árvore Genealógica (na coluna do lado esquerdo, em cima). Quem quiser pode acrescentar ou corrigir informações (não custa nada, é só seguir as instruções).
Muitos beijinhos a toda a minha família.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Chocolate

Na praça onde fica a minha escola existe uma estátua, em frente à igreja, de um homem com um dedo em riste. «Se calhar quer um chocolate», disse eu hoje ao papá quando por lá passámos a caminho da escola. (Para quem não se lembra, eu, sempre que quero pedir um chocolate ao avô Jorge e à avó São a seguir ao jantar, estico o dedo indicador).

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Vitória

Em minha casa durmo com o papá ou com o papá e a mamã quando ela cá está; em casa do avô Bitó e da avó Tita durmo com a avó; por que carga de água é que em casa do avô Jorge e da avó São haveria de dormir sozinha quando lá passo a noite? Para acabar com essa incongruência, comecei, aqui há uns tempos, a acordar cerca das 2 da manhã e a exigir que me levassem para a cama deles (isto quando ainda aceitava que me deitasem sozinha na minha cama); agora já só aceito dormir acompanhada com a avó, na cama grande do meu quarto. Foi assim esta noite. E - fica feito o aviso - será assim para sempre. (A mamã - e o papá, mas ele é mais frouxo - já avisou que no Verão vou recomeçar a dormir sozinha na minha cama. Estás a comprar uma guerra, mamã! É melhor desistires antes de a começar, porque eu sou uma guerreira muito valente).

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Um dia em cheio

Hoje foi um dia em cheio com o papá. Como é sábado, não fui para a escola e ele desta vez não foi trabalhar. Levantámo-nos às 7.50 (ele um bocadinho contrariado porque teve insónias de noite), bebi o leite, brincámos, lavámo-nos e vestimo-nos. Depois fomos beber um carioca de limão ao café da D. Gertrudes, mesmo ao pé da nossa casa, para onde eu fiz questão de levar a plasticina e um telemóvel de plástico que descobri no baú dos brinquedos (além da Matilde, claro). Depois voltámos para casa e o papá fez o almoço (sopa, almondegas, beterraba e sumo de fruta), que eu comi razoavelmente (e no fim tive direito a uma chiclete). Depois de ele lavar a loiça e arrumar a cozinha, fomos passear. A caminho da Costa Nova (isto ao início da tarde) adormeci no carro, e então o papá estacionou junto às casinhas às riscas à espera que eu acordasse, o que aconteceu cerca de 45 minutos mais tarde. Já bem acordada, e como tínhamos almoçado muito cedo, fomos a uma esplanada (ao solzinho, mas com chapéu na cabeça) comer um pastel de nata cada um (quentinhos e com um bocadinho de canela). E depois fomos à praia. Aproveitámos o tempo primaveril e estivémos aí umas duas horas no areal da Costa Nova, na brincadeira (havias de ver, mamã, como eu destrui todos os castelos de areia que o papá fez). E ainda deu para molhar os pés (mas só os meus, que o papá não quis). A meio da tarde (às 16.30) fomos para Aveiro - o papá parou o carro junto à PJ e fomos para o parque infantil do jardim municipal, onde estivemos mais ou menos meia hora (estavam lá outros meninos e meninas a brincar, mas eu agora sou um bocadinho tímida e inibida no contacto com estranhos, mesmo que sejam pequeninos como eu). Como já estava com alguma fome, fomos lanchar - o sítio escolhido foi o café na Praça Marquês de Pombal, onde comecei por fazer chichi, antes de beber um sumo de laranja natural inteirinho e metade de um pão com manteiga.
Foi um dia muito bem passado com o meu papá - só é pena não teres estado cá connosco, mamã.
Adoramos-te muito. Beijinho e xi-coração.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Frases

Não gosto da nata do leite!
(a quem é que eu sairei?)

Chiclete

Dormi muito bem. Quando acordei, a primeira coisa que pedi ao papá foi uma chiclete. Ele disse que não tinha mas prometeu que ia comprar (quero ver se cumpre!). Ainda consegui, durante uns minutos, ver desenhos anumados e brincar com plasticina, antes de me lavar e vestir.

Frases

Quero lavar os dentes, ir para a caminha, ler a história e dormir para amanhã ir para a escolinha.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Medo

Tenho medo de fantasmas.

Noite

Hoje dormi muito bem. Adormeci logo depois de o papá ter lido (outra vez) o livro «Camila fica doente». Depois, ele pôs-se a ler o livro dele mas resistiu pouco tempo – ainda não eram 22.30 e já estava a dormir, sentado na cama, o livro aberto pousado na cama e a luz acesa; depois lá teve forças para apagar a luz.
De manhã, o costume: beber o leite na sala no copo do Noddy e com uma palhinha azul; ir para a casa de banho (mas só após muita insistência do papá); desdobrar a roupa que o papá escolheu para me vestir; lavar; vestir; e ir para a escolinha.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Perguntas

O que é chulé?

Beatriz

Hoje o papá foi-me buscar à escolinha e eu estava a brincar com a Beatriz e eu queria ficar com ela mais um bocadinho. Eu gosto muito da Beatriz, sabes, mamã?
Eu hoje fui para a escola com uma camisola nova que o Pai Natal me trouxe mas que tinha ficado esquecida algures. O Pai Natal é mesmo desastrado, esquece-se das minhas prendas por todo o lado.
Depois, a caminho de casa, voltámos a passar de carro pelo recinto de exposições e eu lembrei-me logo da Feira de Março. O papá disse-me que já não falta muito para começar e que vamos andar de carrossel, comprar brinquedos e comer pipocas, farturas e algodão doce. Vai ser muito divertido.

Perguntas

O que são músculos?

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

A idade dos quês

Eu entrei agora numa fase em que pergunto muitas vezes «o que é isto?», «o que é aquilo?»... Por exemplo: no outro dia, ia no carro com o papá a caminho de casa, e ele lembrou que eu era muito gulosa (eu tinha acabado de comer um chocolate e um rebuçado). «O que é gulosa?», perguntei eu. E os exemplos abundam, porque eu sou muito curiosa e quero saber tudo sobre as coisas. Não tarda muito e há-de chegar a fase dos «porquês», o que vai colocar novos desafios aos meus papás e aos meus avós.
Ando um bocadinho constipada, cheia de ranho no nariz. Mas tenho andado muito bem disposta e a comer muito bem - ainda ontem ao jantar comi como se estivesse em jejum há duas semanas (comi a sopa toda, frango com massa, sumo, pão, chocolate, mel e pera - acho que não me esqueci de nada).
Depois fui para casa, o papá leu a história da selva mágica («o que é mágica?», perguntei ao papá, e ele ficou um bocado atrapalhado porque essa deve ser uma explicação difícil de dar) que me trouxeste da Madeira e dormi muito bem. À 1.30 da manhã acordei (ou se calhar estava a sonhar) e comecei a cantar, muito baixinho, quase um sussurro, e depois voltei a adormecer, encostadinha ao papá. De manhã ainda disse ao papá que hoje não me apetecia ir para a escolinha, mas acabei por ir muito bem disposta e quando cheguei já a professora Daniela estava a ler uma história. Eu corri para esse canto da sala, dei-lhe um beijinho, sentei-me ao pé dos outros meninos e meninas e fiquei também a ouvir.
E agora cá fico ansiosa por te ver, abraçar e beijar. Faz uma boa viagem e não te esqueças de vir bem agasalhada que por aqui está um bocadinho de frio. Adeus, mamã, vem depressa. Adoro-te. E não te esqueças de me trazer qualquer coisa docinha, para fazer jus à minha fama de gulosa.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Noite nos avós

Esta noite, como o papá teve de ir trabalhar, fiquei a dormir em casa do avô Jorge e da avó São - claro que fiquei toda contente (até soltei uns guinchos) quando o papá me deu a boa nova. Dormi na minha cama até às 2, mas depois acordei e exigi ser transportada para a cama do avô e da avó, e assim aconteceu. Eu já tinha avisado o papá de que isto ia acontecer, quando ele me perguntou onde ia eu dormir. Eu respondi: «Vou dormir um bocadinho na minha cama e depois vou para a cama do avô e da avó».

domingo, 27 de janeiro de 2008

Cansada

Depois do jantar fiquei tão cansada que adormeci no carro a caminho de casa. Quando o papá me levou ao colo para a cama, ainda acordei e quis que ele me lesse uma história do Noddy, e só depois é que adormeci mesmo, com a boneca Matilde e a sua manta, com que eu também ando sempre.
Antes, quando o papá chegou a casa da avó São e do avô Jorge - com quem eu passei o domingo -, eu perguntei-lhe «A mamã?», porque tinha a secreta esperança de te ver aparecer. Mas vou ter de esperar mais uns dias. Vem depressa. Adoro-te.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Um dia inteiro com o papá

Hoje, como é sábado e a escolinha está fechada, passei o dia com o papá. Ontem deitámo-nos um bocadinho mais tarde do que o habitual, pelo que hoje de manhã também ficámos na cama até mais tarde. Mas não muito - pouco depois das 8.30 já estava com vontade de me levantar e disse ao papá «não quero dormir mais». Lavámo-nos, vestimo-nos e como estava um lindo dia de Inverno fomos tomar o pequeno-almoço à Costa Nova: carioca de limão e torrada para os dois.
Depois fomos para a Vagueira, onde estive bastante tempo no parque infantil, até que me lembrei de cobrar ao papá a promessa que ele me fez ontem: comprar chicletes. Lá fomos a um quiosque comprar umas pastilhas de morango e eu quis logo uma. Depois fomos ver o mar e o papá levou-me até ao areal, onde estivemos a fazer castelos na areia e a brincar com as conchas.
Às 12.30 fomos almoçar. Comi bastante sopa e depois um bocadinho (não muito) de peito de frango com puré de batata, ervilhas e cenoura. Para beber, água e sumo de laranja natural. E também comi umas batatitas fritas que o papá tinha no prato - não é nada justo: ele obriga-me a comer frango e puré e ervilhas, mas para ele pede hamburguer e batatas fritas...
A seguir ao almoço, voltámos mais um bocadinho ao parque infantil, antes de regressarmos a Aveiro. Na viagem adormeci, e o papá parou o carro no parque ao pé da igreja de Nossa Senhora de Vagos, onde costumamos fazer piqueniques. Dormi uma hora e meia e quando acordei o papá estava a ler uma revista com uma fotografia de um senhor que eu reconheci logo - «é o tio», disse eu ao papá.
Já em Aveiro, fomos lanchar a uma pastelaria e depois fomos à livraria comprar um livro.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Na brincadeira

Quando o papá me foi buscar à escolinha, eu (com a boneca Matilde numa mão e a sua manta na outra) estava na brincadeira com a Beatriz - cantávamos e andávamos a correr de um lado para o outro, sempre na risota. Estava tão divertida que me apetecia ficar mais um bocadinho na escola, antes de ir para casa. «Quero ficar mais um bocadinho», pedi ao papá. Mas como já era tarde, não pude ficar e agora só volto na segunda-feira. Ao almoço comi quase tudo, mesmo a sopa. A professora Daniela escreveu na tabela à porta da sala que eu só deixei um bocadinho da sopa. E depois ela fez-me um totó muito giro no cabelo.

Diálogos

Papá: Gostas mais de brincar com os meninos ou com as meninas?
Eu: Com as meninas.
Papá: Mas também tens de brincar com os meninos.
Eu: O João morde. O João arranha. O João bate. Não quero o João!

Frases

Au carapau!

Já é dia

Esta noite voltei a dormir bem. Quando acordei, ainda antes das 8, disse ao papá «já é dia», e a luz que entrava pelas frinchas dos estores não me deixava mentir. Foi a maneira subtil de dizer ao papá que não me apetecia ficar mais tempo na cama e que nos devíamos levantar. E assim foi.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Língua púrpura

Hoje na escolinha vimos um filme da Branca de Neve e dos Sete Anões. No filme aparecia um caçador que fazim «Pum Pum». Foi muito divertido. Na escola farto-me de brincar no fogão a fingir que existe na minha sala - uma coisa que eu cozinho muito são ovos e batatas fritas; mas às vezes também faço sopa, sempre com estrelinhas.
Ao irmos de carro para casa, passámos pelo recinto da Feira de Março e eu lembrei ao papá que lá quero ir andar de carrocéis. E disse-lhe que quero andar contigo, mamã, naquelas cadeiras que giram. Também queres andar comigo, não queres?
Ao jantar não me apeteceu comer sopa - praticamente só molhei os lábios uma ou duas vezes (ao almoço também não comi a sopa toda, só metade). Mas o resto até comi bem - almôndegas, arroz de cenoura e beterraba. É verdade, mamã, comi bastante beterraba, e havias de ver como eu ficava com a língua púrpura - até pedi à avó São para me ir buscar um espelho para eu ver a minha boca. Ainda comi um bocadinho (pouco) de salada de fruta (sobretudo kiwi), ao mesmo tempo que fazia desenhos com aguarelas.
Na cama, o papá ligou o cobertor eléctrico e eu exclamei «que quentinho!», porque está um bocadinho de frio e sabe bem o calorzinho. Esta noite cumpri a promessa e escolhi uma história diferente para ler - o papá disse que não podíamos ler sempre o mesmo livro, por isso para hoje escolhi aquele que uma vez me trouxeste da Madeira, dos animais que se desenham uns aos outros. E depois toca a dormir, que amanhã é dia de levantar cedo para voltar à escolinha.
Adeus mamã. Adoro-te.

Anã verde

Mais uma noite em que dormi como um anjo, agarrado ao papá e à Matilde (como já te disse, ando sempre com a Matilde para todo o lado, até para almoçar, apesar de a professora Daniela tentar que não a leve para o refeitório).
Ontem à noite, antes de dormir, voltámos a ler, eu e o papá, a história «Camila fica doente» - é a terceira noite seguida em que lemos esse livro, sempre por sugestão minha, apesar de o papá insistir para lermos outro. Já quase sabemos a história de cor, e eu prometi que hoje líamos outro livro. Vamos ver…
Já tenho as meias-calças e a blusa para levar à minha festa de Carnaval na escolinha – são verdes. Vou ser uma anãzinha verde muito gira.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Frases

(para o papá)
Estás a ficar careca!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Outra boa noite

Mais uma boa noite de sono – a tosse já lá vai e já posso dormir tranquilamente durante toda a noite. Acordei, ainda não eram 8, logo que pressenti que o papá se estava a levantar. Não quis ficar mais na cama e fui para a sala beber o leitinho e ver desenhos animados. Depois o papá foi tomar banho e eu fui com ele para a casa de banho – levei comigo a Matilde e alguns brinquedos e fiquei à espera que ele me arranjasse para ir para a escola. Quando me estava a vestir, teimei em querer levar calçadas as sapatilhas pretas que ele e tu, mamã, me compraram, em vez dos sapatos que ele tinha destinado para hoje. E assim foi. E depois lá fomos para a escolinha.

Frases

(quando estava deitada na cama com o papá, já depois de termos lido a história e quando me preparava para dormir agarradinha a ele):
Vou abraçar-te.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Noite maravilhosa

Esta noite correu muito bem – não tossi nem acordei uma única vez. Ontem à noite, antes de deitar, o papá ainda me cortou as unhas, e depois, já na cama, lemos uma história da Camila. Hoje de manhã acordei bem disposta e regressei à escolinha depois do fim-de-semana alargado de três dias.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Montemor

Esta noite dormi muito bem, quase não tossi. Hoje não vou para a escolinha, porque vou passar o fim-de-semana a Montemor, a casa da avó Tita e do avô Bitó. Eles vieram-me buscar às 10 horas e lá fui eu, já depois de ter ido com o papá ao café da D. Gertrudes beber um carioca de limão.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Fim de tarde em cheio

Eu tenho um livro que se chama «Camila faz chichi nas calcinhas». Conta a história de uma menina que certo dia se descuidou e, como o título indica, fez chichi onde não devia. São coisas que acontecem, sabes mamã? Às vezes os meninos pequeninos, como a Camila, descuidam-se. Não tem mal nenhum, pois não? Sabes, mamã, hoje na escolinha aconteceu-me o mesmo - depois de dormir a sesta, estava com vontade de fazer chichi mas esqueci-me de pedir para usar a sanita e esqueci-me que não tinha fralda; por isso fiquei com as calças todas molhadas (mijadas, como eu disse depois ao papá). Mas tirando este incidente, o dia na escola correu bem e até comi quase tudo ao almoço (sopa e um peixe de nome esquisito chamado abrótea). Depois o papá foi-me buscar muito cedinho e fomos passear para Aveiro. Foi um fim de tarde em cheio: primeiro fomos à biblioteca ler livros (li quase 20); depois fomos à pastelaria beber um carioca de limão e comer um bocadinho de um pão-de-leite com fiambre (o fiambre comeu-o o papá, que a mim não me apetecia); e depois fomos para o parque infantil andar de escorregão. E pelo meio o papá ainda comprou chicletes de morango. Depois fui tomar banho e jantar a casa da avó São e do avô Jorge e amanhã vou para casa da avó Tita e do avô Bitó.

Diálogos

Papá: Quem é o Zé Miguel?
Eu: É o meu primo.

Carnaval

O Carnaval aproxima-se e parece que vai ser esta a nossa fantasia na escola.
Vai ser o meu primeiro disfarce.

Noite boa

A última noite correu bem - durmo cada vez melhor porque tenho cada vez menos tosse. Esta noite tive um ou outro acesso de tosse, mas passageiros e que não me acordaram. E de manhã acordei bem disposta, embora tenha sido difícil ao papá convercer-me a deixar-me lavar. Mas após muita insistência, lá cedi - isto já depois de ter feito um bocadinho de cocó na fralda, três ou quatro bolinhas muito redondinhas que pareciam mesmo a plasticina com que estive a brincar ontem à noite. Depois o papá foi-me levar à escolinha e eu levei a Matilde comigo - eu agora ando com ela para todo o lado.

Palavras que eu já digo

Gelada (referia-me à água que o papá me deu a beber hoje de manhã)
Bombeiros

Diálogos

Papá: Quando formos no carro para a escola vamos a ouvir aquela música de que gostas (referindo-se a uma canção da banda Fanfare Ciocarlia).
Eu: Acho piada.
Papá: Achas piada?
Eu: Acho.
Papá: A quê?
Eu: A essa música.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Doente

Estar doente é horrível. Nestes últimos dias tenho tido muita tosse, alguma febre e algumas dificuldades em respirar – até tive de ir ao hospital no fim-de-semana. Mas agora já estou melhor e esta noite dormi bem, apesar de dois ou três acessos de tosse, que passaram depressa e nem sequer me fizeram acordar. A minha boneca Matilde, que vai sempre para a cama comigo, também dormiu bem. De manhã estava bem disposta – bebi o leite, lavei-me, vesti-me e fui para a escola. «Trazes o bibe e a mochila?», perguntei ao papá quando já estávamos no carro, não se tivesse ele esquecido outra vez. Durante a viagem cantei a música do galo toda:
O nosso galo é bom cantor
É bom cantor, tem boa voz
Está sempre a cantar có có ró có có ró
Está sempre a cantar có có ró có có ró
Mas veio um dia e não cantou
Outro e mais outro e não cantou
Nunca mais se ouviu có có ró có có ró
Nunca mais se ouviu có có ró có có ró

domingo, 13 de janeiro de 2008

Diálogos

(o papá tinha acabado de lavar os dentes)
Papá: Agora é a tua vez de lavares os dentes.
Eu: Não é preciso. Eu só comi uma guloseima.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Palavras que eu já digo

Ventania

Frases

Hoje de manhã, enquanto bebia o leite, apetecia-me ver um bocadinho de desenhos animados e perguntei ao papá:
A televisão tem pilhas?

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Mais espevitada

Hoje, quando o papá me foi buscar à escolinha, ao final da tarde, a Daniela disse-lhe que eu andava mais espevitada. «Mas anda a portar-se mal?», perguntou ele. A professora disse que não, pelo contrário; garantiu que eu era sempre muito bem comportada, mas que agora andava mais solta, mais empertigada; e deu um exemplo: «Às vezes chamo-a para se sentar mas ela continua a correr e a brincar com as outras meninas».
Quando o papá me foi buscar, apeteceu-me comer uma bolacha, mas tive vergonha de a ir pedir à Daniela e à Isabel, de maneira que foi ele que as foi pedir. E a Isabel deu-me logo duas, que eu comi num instante!
Ando numa boa fase para comer - almocei e jantei bem. E pela primeira vez provei um bocadinho de alheira. Veredicto: muito bom.
Hoje ganhei um livro novo, da Camila, que o avô Jorge e a avó São me ofereceram. Sabes mamã, conta a história de uma menina - a Camila - que fez chichi nas calças e ficou muito envergonhada. Mas a mamã dela não ficou nada zangada e a história teve um final feliz.
Volta depressa, mamã, temos muitas saudades tuas. Adoramos-te.

Frases

Está um lindo dia.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Diálogos

(enquanto comia pão)
Papá: O pão está bom?
Eu: Está delicioso.

Diálogos

Papá: Amanhã voltas para a escolinha, para brincares com a Beatriz, com a Inês, com o Jorge, com o Gonçalo...
Eu: O Gonçalo não está. Foi para a América.

Noite boa

Esta noite dormi muito bem, sem acordar uma única vez. Mas acordei cedo, às 7.30, quando o papá se levantou. Bebi o leitinho e como era cedo voltámos para a cama mais um bocadinho.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Boa memória

Ainda não esqueci a lengalenga que a avó Tita e o avô Bitó me ensinaram:
dedo mindinho,
seu vizinho,
pai de todos,
fura bolos,
mata piolhos.
Ainda hoje, durante o banho, a repeti.

Barriga cheia

Hoje estive num dia bom para comer: na escola comi quase tudo; ao jantar comi muito bem - a sopa toda, robalo com batatas, cenoura e bróculos, sumo de fruta natural, tangerina, pão (feito na máquina que nós oferecemos à avó São e ao avô Jorge) e, como prémio, uma bola de chocolate que ainda tinha sobrado da árvore de Natal. Por falar nisso, no fim-de-semana desmontámos a árvore de Natal que havia em casa da avó São e do avô Jorge, mas ainda não desmontámos a árvore de Natal em nossa casa.

Diálogos

(em casa, depois de eu ter lavado os dentes)
Papá: Agora vou eu lavar os meus dentes.
Eu: Vai lavar para a sala.
Papá: Está bem.
Eu: Mas não sujes a sala com a pasta. Está limpinha. A mamã limpou.

Emancipação precoce

Hoje tive uma boa noite de sono – melhor que a do papá, que tossiu um bocadinho. Ele até se foi deitar no sofá para não me perturbar, mas, quando percebi que ele não estava ao meu lado, comecei a chorar e a chamar por ele, e ele voltou a deitar-se comigo e a verdade é que não tossiu mais o resto da noite.
Hoje de manhã tive um acesso de independência e quis ir sozinha para a escola. «Eu já sou grande. Tu ficas aqui no carro», disse eu ao papá depois de ele estacionar. Mas ele não me deu ouvidos e levou-me até à minha sala. Acho que ainda é muito cedo para me emancipar.

A mamã é minha

Esta noite, ao jantar, fartei-me de chamar por ti, mamã, porque não me apetecia nada comer mas a gente grande insistia e insistia e insistia e insistia. «Mamããããããã... A mamã é minha!», choraminguei eu. Depois lá acabei por comer, e não foi tão pouco como isso.
Na creche, a professora Daniela disse ao papá que vão fazer para os meninos e as meninas um disfarce de Carnaval - vai ser o meu primeiro.

Anjinho


Este é o anjinho que fizemos hoje na escolinha. Gostas, mamã?

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Soninho bom

Esta noite dormi bem (não acordei uma única vez) e acordei bem disposta. Pelos vistos não estou doente. Ufa!

domingo, 6 de janeiro de 2008

Diálogos

Eu: O que estás a comer?
Papá: Estou a mascar chiclete.
Eu: Também quero.
Papá: As chicletes são só para gente grande.
Eu: Eu sou grande.

Adoentada

Estou um bocadinho adoentada e meio murcha. Fui para a caminha muito cedinho, porque me estava mesmo a apetecer dormir. Espero amanhã acordar melhor.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Mais um dia na escola

Ontem o papá foi-me buscar à escolinha e eu estava a brincar com a Inês com copos e chávenas de plástico. O papá teve de esperar que eu acabasse de ‘comer’ (a fingir) antes de me levar de fim-de-semana. A professora Daniela disse-lhe que eu tinha comido «melhor do que o costume», o que o deixou contente.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

De regresso à rotina

Acabadas as férias, regresso à rotina. E na rotina inclui-se dormir na cama do papá, pois claro. Lemos um livro e depois tive uma noite com um sono bastante agitado, devo ter tido pesadelos. Às 4 da manhã cheguei mesmo a acordar e queixei-me ao papá de dores na perna - lá fomos os dois à casa de banho buscar creme que ele me esfregou para me aliviar. Eu expliquei ao papá que a dor foi provocada porque «não estava com a perna esticadinha». Acordei quase às 9 horas, estava o papá a tomar banho e eu fui ter com ele à casa de banho. Depois bebi o leite na sala enquanto via um DVD de desenhos animados musicais. Depois de arranjada, lá fomos para a escolinha de carro, a ouvir música e a ler uma história.
Até logo, mamã.

Frases

«A trovoada são as nuvens a bater».

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Trovoada

Brrrruuuuuuuuuuuuuuuum.
Tenho medo da trovoada.