quinta-feira, 15 de maio de 2008

Com a mamã

Até dia 30 vou estar aqui, no Porto Moniz, com a mamã, a avó Tita e (só até segunda-feira) o avô Bitó.

Diálogos

Papá: Quando estiveres na Madeira tens de comer tudo o que a mamã mandar.
Eu: Não gosto de sushi!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Sonho

Esta noite dei uma grande risada enquanto dormia. De manhã disse ao papá que tinha sonhado com a piscina.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Olha para mim

Gosto de me sentir mimada e acompanhada. Por isso digo muitas vezes «olha para mim, papá», «olha para mim, avó», «olha para mim, avô», para que reparem nas minhas habilidades.

Tapa destapa

As nossas noites na cama são passadas assim: eu destapo-me, o papá tapa-me; eu destapo-me, o papá tapa-me; eu destapo-me, o papá tapa-me; eu destapo-me, o papá tapa-me; eu destapo-me, o papá tapa-me… É assim a noite toda. E eu mexo-me tanto!

Vontade de crescer

Às vezes tenho muita vontade de crescer. Há muita coisa que está vedada às crianças. Por isso digo muitas vezes «quando eu ser grande vou fazer isto ou aquilo». «Quando eu for grande», corrigem os adultos.

Assoar

Já me sei assoar como deve ser, para fora. E tenho muito orgulho nisso!

Diálogos

(a caminho a escola enquanto roía uma bolacha)
Papá: Tens de comer a sopa toda na escola.
Eu: Mas não gosto de couves.
Papá: Mas tens de as comer. Se não comeres couves, bróculos, cenouras ou feijão verde não ficas grande como o papá ou a mamã.Eu: Mas a bolacha também ajuda a crescer!

Diálogos

Papá: Também posso ir para a Madeira contigo?
Eu: Não. A Madeira é da mamã.

Frases

Adoro ir para a escola!

sábado, 10 de maio de 2008

Diálogos

Papá: Deixa-me pôr a tua bandolete no meu cabelo.
Eu: Não.
Papá: Porquê?
Eu: Tu és careca.

Diálogos

Eu: Vou dormir em casa do avô e da avó. Tu vais dormir sozinho.
Papá: E se eu tiver medo?
Eu: Vais buscar a Matilde.

Perguntas

(estava a brincar ao pé do papá e de repente soltei um pum)
Cheira aí?

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Almoço

Ando numa fase terrível para comer. Hoje, na escola, segundo disse a professora Daniela ao papá, fui a última menina a sair do refeitório ao almoço. E para eu comer alguma coisa de jeito foi preciso o seguinte: insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir insistir...

Sopa amarela

Outra técnica para não comer a sopa: argumentar que está «muito amarela».

Estratégias para não comer

Como eu sou um pardalito a comer, tenho de encontrar estratégias para fugir ao que não me interessa. Uma das técnicas é, quando chega a hora das refeições, dizer que tenho sono e quero dormir. A professora Daniela disse ao papá que a autora desta sofisticada habilidade é a Bárbara, minha colega na escolinha - trata-se, portanto, de uma imitação que eu nos últimos dias tenho executado bastantes vezes. Ontem, pela primeira vez, experimentei outra técnica (desenvolvida após muitas horas de reflexão e estudo): dizer que tenho medo da sopa. É verdade: medo da sopa. Quando estas estratégias mais subtis não resultam, tenho de recorrer a outras habilidades mais grosseiras, como fechar a boca, agitar a cabeça ou gritar. Isto de escapar àquilo que não quero comer é uma arte!

Sim, não

Às vezes, quando o papá me faz uma pergunta, eu respondo assim: sim, não, sim, não, sim, não, sim, não... Faz lembrar uma personagem da série Little Britain, Vicky Pollard, que diz: yeh but, no but, yeh but, no but, yeh but, no but...

Frases

É preciso beber muita água para o chichi sair clarinho!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Pardal

Agora tenho a mania de só comer metade dos morangos, como fazem os pardais. «Mas tu não és nenhum pardal!», diz-me a gente grande. «Sou, sou», respondo eu.

Boa noite

Esta noite dormi muito bem - a pieira praticamente já desapareceu. De manhã acordei bem disposta e lá fui para a escolinha com o casaco cor-de-rosa novo, para me proteger da chuva.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Hospital

Na segunda-feira tive de ir ao hospital porque estava com pieira. Fui com o papá e portei-me muito bem - só chorei um bocadinho quando o médico que me assistiu sacou de uma espátula para me ver a garganta. Nessa altura eu disse a chorar «tenho medo!» e o médico percebeu que eu estava assustada e desistiu. No resto fui muito valente e até me diverti na sala das nebulizações, que tem muitos brinquedos e livros e bonecas... E eu tinha-os só para mim, porque não estava lá mais nenhum menino doente - só já quase quando nos estávamos a ir embora é que apareceu mais uma menina, mas nessa altura (já passava da uma e meia da manhã) eu já não tinha muito energia e estava meia a dormir ao colo do papá. No final, quando nos viemos embora, eu repeti duas ou três vezes que me tinha portado muito bem, e o papá deu-me muitos beijinhos e concordou que eu tinha sido uma valente, mas disse que não tinha mal nenhum chorar um bocadinho nem ficar assustada, apesar de os médicos serem nossos amigos e só quererem o nosso bem.
No dia seguinte, como ainda estava um bocadinho doente, fiquei com a avó São e o avô Jorge e não fui à escolinha. Como o apetite não era muito, não comi grande coisa durante o dia, mas ao jantar lá comi um bocadinho de sopa e de almôndegas. Acho que já estou a ficar melhor.

Diálogos

Papá: Dá-me um bocadinho da tua sopa.
Eu: Não. Vai comer a tua!

Diálogos

(a propósito da Feira de Março)
Eu: Para o ano andamos outra vez nos carrosséis. Queres andar comigo?
Papá: Quero.
Eu: Está bem, eu deixo.