sexta-feira, 25 de abril de 2008

Caracol

Ontem à noite, ao chegar a casa, eu e o papá deparámos com um caracol junto ao portão da garagem. Eu peguei nele, maravilhada, mas como estava encolhido na sua concha o papá disse que estava a dormir. Lá o pus no chão, junto à árvore do azevinho, com a promessa de que no dia seguinte o ia procurar. Bebi o leite, lavei os dentes, pus uma fralda, li uma história, dormi e acordei. E mal acordei lembrei-me dele. «Vamos procurar o caracol?», perguntei ao papá. «Vamos», respondeu ele. E assim foi: depois de nos arranjarmos lá fomos para o jardim, onde o encontrámos já não no sítio onde o havíamos deixado mas numa parede, a dois metros do chão. O papá pegou nele e deu-mo. Estava tão fascinada que até o levei para o café da D. Gertrudes, onde fui beber um carioca de limão. Eu pu-lo no chão e perguntei: «Vai fugir?» E até o queria levar para Montemor, para casa do avô Bitó e da avó Tita, onde vou passar o fim-de-semana. Mas o papá fez-me ter pena dele porque o ia separar da família, e assim ficou no nosso jardim à espera do meu regresso.

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