sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

A idade dos quês

Eu entrei agora numa fase em que pergunto muitas vezes «o que é isto?», «o que é aquilo?»... Por exemplo: no outro dia, ia no carro com o papá a caminho de casa, e ele lembrou que eu era muito gulosa (eu tinha acabado de comer um chocolate e um rebuçado). «O que é gulosa?», perguntei eu. E os exemplos abundam, porque eu sou muito curiosa e quero saber tudo sobre as coisas. Não tarda muito e há-de chegar a fase dos «porquês», o que vai colocar novos desafios aos meus papás e aos meus avós.
Ando um bocadinho constipada, cheia de ranho no nariz. Mas tenho andado muito bem disposta e a comer muito bem - ainda ontem ao jantar comi como se estivesse em jejum há duas semanas (comi a sopa toda, frango com massa, sumo, pão, chocolate, mel e pera - acho que não me esqueci de nada).
Depois fui para casa, o papá leu a história da selva mágica («o que é mágica?», perguntei ao papá, e ele ficou um bocado atrapalhado porque essa deve ser uma explicação difícil de dar) que me trouxeste da Madeira e dormi muito bem. À 1.30 da manhã acordei (ou se calhar estava a sonhar) e comecei a cantar, muito baixinho, quase um sussurro, e depois voltei a adormecer, encostadinha ao papá. De manhã ainda disse ao papá que hoje não me apetecia ir para a escolinha, mas acabei por ir muito bem disposta e quando cheguei já a professora Daniela estava a ler uma história. Eu corri para esse canto da sala, dei-lhe um beijinho, sentei-me ao pé dos outros meninos e meninas e fiquei também a ouvir.
E agora cá fico ansiosa por te ver, abraçar e beijar. Faz uma boa viagem e não te esqueças de vir bem agasalhada que por aqui está um bocadinho de frio. Adeus, mamã, vem depressa. Adoro-te. E não te esqueças de me trazer qualquer coisa docinha, para fazer jus à minha fama de gulosa.

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