quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Parabéns avô

Mais uma noite na cama do papá. Voltei a recusar-me a dormir sozinha, como se estivesse a ser desprezada e abandonada. Nem pensar! O papá ainda me depositou na minha cama (não digo que ele me deitou porque eu, na verdade, não me cheguei a deitar, estive sempre de pé, bem firme), até que desistiu e me pegou ao colo. Mal me vi nos braços dele, apontei para a porta e para a luz, assim como Napoleão a indicar o caminho às suas tropas.

E o papá obedeceu: encaminhou-se para a porta do meu quarto, depois percorreu o corredor, entrou no quarto dele e deitou-me na cama. Mais uma vitória da imperatriz lá de casa!
A meio da noite acordei a chorar e disse ao papá que me doía uma perna. Depois disse-lhe que a dor passou também para a outra perna e exigi que ele me esfregasse creme nas áreas doridas. Só depois acalmei e voltei a dormir, até às 8.45.
Muito antes disso, na escolinha, a Daniela contou ao papá que eu ontem passei por dois sustos. Primeiro foi ao almoço, quando a Leonor vomitou; depois, à tarde, o Dinis sentou-se no bacio mas esqueceu-se de pôr a pilinha para dentro, de maneira que o chichi andou a voar pela casa de banho. Chorei um bocadinho das duas vezes, mas passou depressa.
À noite, e como o avô Jorge fazia anos, fomos jantar a casa dele e da avó São. Também lá estavam a tia Neta e a bisavó Natália. Comi muito bem, menos a sopa, e depois de cantarmos os «Parabéns» e de eu soprar as velas lambuzei-me toda com o bolo de chocolate que a avó São fez. E no fim ainda masquei uma chiclete que saquei da carteira da avó. «Não é para engolir!», ouvi eu umas 200 vezes.
Eu acho que o avô Jorge gostou da prenda que eu e o papá lhe comprámos – um álbum sobre o Douro. Parabéns avô. Adoro-te muito.
Também te adoro mamã.

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