quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Exterminadora implacável

Hoje não bati em ninguém na escolinha. A professora Daniela disse ao papá que tinha quase a certeza que ontem eu só bati no Jorge porque ele me fez alguma maroteira primeiro. A minha versão é igual à do Scolari: eu limitei-me a responder a uma agressão.
De resto, comi bem, dormi bem e brinquei muito. Depois o papá foi-me buscar cedinho e fomos passear a Aveiro - ele levou-me ao parque infantil e estive lá a brincar quase uma hora. E ainda ficava outra e outra e outra... Pelo meio apeteceu-me fazer chichi e o papá levou-me à casa de banho, mas depois o chichi não saiu. Mais tarde pedi ao papá para me pôr uma fralda e aí sim, saiu tudo o que tinha a sair, cocó incluído.
Já em casa, os meus brinquedos do banho transformaram a banheira numa espécie de jardim zoológico. Já lavadinha e de pijama vestido fomos jantar - da sopa (de alho francês, feita pelo papá) só comi três colheres, e só porque o papá me ameaçou que só assim eu podia comer as 'almongas'; ainda experimentei couve-flor e até que nem é nada mau. Sumo e maçã (das nossas, das poucas que não tinham bicho) completaram o menu preparado pelo Chef Papá.
Quando estava na cozinha vi um insecto pequenino a passear por lá e fui atrás dele; encontrei-o pousado numa parede, ao meu alcance, e vai daí... zás!, uma palmada bem dada que o matou... Eu acho que fiquei assustada ou com remorsos, porque desatei numa choradeira que só o colinho do papá conseguiu parar. «Mmaaattteeei aaa moooscaaa!», solucei eu. O papá deu-me muitos beijinhos e o desconsolo passou...
Depois fomos passear no bairro e como não estava quase ninguém na rua eu perguntei: «As pessoas?» O papá disse que as pessoas estavam em casa a preparar-se para ir dormir, mas eu acho que não acreditei... Ainda estivemos um bom bocado a olhar para a lua, que estava muito redondinha.
E amanhã é dia de ir à médica. Espero não ter pesadelos. Vou pensar em ti, mamã, para ter sonhos cor-de-rosa. Dorme bem.

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